Feira da Reforma Agrária e Geração de Renda para os Assentados em Pedras Altas (RS)

04/02/2014 15:54

Monografia de Conclusão do Curso de Especialização em Agricultura Familiar Camponesa e Educação do Campo/Projeto Residência Agrária/Convênio PRONERA/INCRA

Universidade Federal de Santa Maria
Autora: Jacir João Chies
Orientador: José Antônio Costabeber
Santa Maria, Agosto de 2011.

O município de Pedras Altas, através de suas lideranças, técnicos, instituições e entidades ligadas à agricultura e ao desenvolvimento rural, vem há anos discutindo alternativas de produção e renda capazes de melhorar a reprodução social e econômica das centenas de famílias de agricultores que não puderam acompanhar o ritmo da modernização da agricultura. Nesta categoria de agricultura familiar se incluem também os agricultores assentados de reforma agrária. Os assentamentos de reforma agrária compõem o foco principal da presente pesquisa, uma vez que se considerou necessário conhecer mais sobre a viabilidade das propostas de desenvolvimento que vêm sendo defendidas, principalmente as de implementação de feiras no município que têm como objetivo dar vazão a produção de hortaliças. Diante do exposto, esta pesquisa teve como objetivo geral verificar em que medida a estratégia defendida pela comunidade de Pedras Altas, no sentido de estimular a produção de hortaliças para sua comercialização em feiras, representa uma alternativa concreta para o conjunto das famílias de assentados. Ademais, buscouse conhecer o grau de aceitação desta estratégia por parte das famílias que estão participando da Feira de Reforma Agrária no município. Isto levou o pesquisador a analisar também o volume produzido, o volume comercializado, o volume consumido no lote e o volume não aproveitado. Pedras Altas não tem população suficiente para consumir a produção oriunda da agricultura familiar, embora sejam poucos os agricultores familiares do município. A infra-estrutura existente também é deficiente, sendo que o município praticamente não possui agroindústrias, além de não apresentar logística adequada para o escoamento da produção. A Feira da Reforma Agrária, tão desejada pelas famílias e pelos agentes de desenvolvimento rural, dificilmente terá viabilidade econômica, seja pela distância dos assentamentos até a sede do município, seja pela localização e pelo baixo número de consumidores propensos em comprar na feira. Entretanto, o espaço da feira é muito oportuno para a integração entre as famílias assentadas e a população urbana, rompendo preconceitos e outras divergências que possam haver entre estes públicos.
Palavras chaves: Comercialização. Feiras. Viabilidade econômica. Assentamentos de reforma agrária.
 
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